Zurique, Suíça, 1919 —
São Paulo, Brasil, 1988
O obra de Mira Schendel explora os opostos do caos e da ordem, da sensorialidade e do racionalismo. De 1949 a 1964, Schendel trabalhou com pintura, passando no meio da década de 1960 às monotipias em papel japonês, cuja translucidez propicia a leitura em suas duas faces e que, prensadas entre placas de acrílico e penduradas do teto — os Objetos gráficos — libertam a obra da parede. Quando dobra e amarra o papel japonês para fazer as Droguinhas, de 1964, Schendel confere a um plano quase transparente volume e textura: nós no plano do papel evidenciam o potencial de condensação do que é quase invisível. A poesia é traduzida em risco da letra; lê-se a frase e lê-se a materialidade do traço, em texto e textura. Como articulado pelo crítico GuyBrett, Schendel entrelaça palavras de mesma etimologia — tecido, têxtil e texto.
Artista e pensadora, a obra de Schendel parece formular conceitos em um gradiente de materialidade que vai da crosta à transparência, do grão de terra à folha de ouro, da representação em palavra ao diáfano do irrepresentável, demonstrando as várias formas do amor pela sabedoria e a possibilidade de pensar pela via da interação do corpo com a matéria: aisthesis.
O que é uma galeria de arte? - Peter Cohn
Peter Cohn, fundador da Dan, narra este vídeo com obras de Mira Schendel, Lygia Clark e Amilcar de Castro.
Mulheres à Frente
Nunca é tarde para estender homenagem às mulheres. No último dia de março de 2020, a Dan Galeria apresenta a coletiva Mulheres à Frente, reunindo artistas brasileiras de extrema relevância e participação na nossa história da arte.
Exposição "Linha, Cor e Movimento"
Apresentamos Linha, Cor e Movimento. A nova exposição online de acervo da Dan Galeria.